Buscamos registrar o trabalho muitas vezes desvalorizado e despercebido por detrás da cozinha do Restaurante Universitário (Universidade Rural do Rio de Janeiro) com o intuito de aproximar o aluno das mãos responsáveis pelo preparo do alimento que chega ao seu prato. Nos deparamos com a correria e o trabalho pesado feito num ambiente excepcionalmente quente em consequência dos enormes fogões, fornos, chapas e panelas industriais.
O trabalho mecanizado quase nunca cessa e os olhos de quem ali trabalha se perdem em meio as imponentes máquinas que os cercam, fazendo com que se tornem meras extensões das mesmas ao olhar de quem vê.
A obra por si só não poderá mudar as relações de trabalho estabelecidas, mas tem o poder de dar rosto a quem não é visto, valorizando não só seu ofício, mas sua existência no espaço comum.