Nas ondas que se rompem contra o continente, Iemanjá surge, misteriosa e serena, vestida com as cores do mar e os sonhos de seus de seus filhos. Cada fotografia captura a essência dessa yabá, mãe dos oceanos, guardiã dos mistérios profundos da calunga grande e da vida que pulsa sob suas águas. Como reflexo de uma alma imensa, sua presença se faz nos gestos delicados e nas águas que em seu movimento eterno, nos lembram da força que reside na suavidade.
Entre o azul e o branco, entre o sagrado e o profano, Iemanjá se revela nas formas que o mar desenha, nos olhares que a buscam e nos sentimentos que ela desperta. Um ensaio que não captura apenas imagens, mas que incorpora a mãe dos perseguidos e desajustados, mãe cujo os filhos são peixes, mãe de todos os orís, que sente, se perde e se encontra no infinito da mãe d’água.