Seu Wilton
Aos 17 anos de idade, passei no vestibular para arquitetura, mas por razões familiares não pude cursar a faculdade. Acabei...
Leia maisEu sempre vi o mundo de um jeito diferente, no início da vida percebia que tinha perspectivas peculiares, ficava tempos analisando a forma da areia, sua textura, seu cheiro, a maneira como minha pele ficava impregnada por grãos tão diferentes e brilhantes e analisava hiperbolicamente coisas simples como essa. Já na adolescência, tive dificuldade para escolher qual graduação faria e optei por não fazer nenhuma, me dedicando a servir mesas em um restaurante, que me abriu um mundo que ainda não tinha tido acesso de colegas trabalhadores que lutavam para sobreviver num mundo extremamente desigual, mas íntegras, honestas, resilientes, perseverantes e amorosas. Ao final de dois anos, sem perspectivas futuras, decidi prestar vestibular em Engenharia. Passei no vestibular, cursei e comecei a trabalhar em uma multinacional química, que me deixava bastante incomodado por estar usando meus anos de estudo para deixar um norte americano mais rico. Incômodo que me levou ao setor público, onde pude/posso ajudar pessoas menos favorecidas. Hoje coordeno a divisão de audiovisual e comunicação de uma Universidade de Meio Ambiente e Cultura de Paz da Cidade de São Paulo que oferece cursos gratuitos à população. Esse cargo, um pouco, diferente da minha formação original foi possível pela minha trajetória, no que era um hobby/ paixão/ essência pessoal, na fotografia, com algumas fotos publicadas em veículos de grande circulação e prêmio em um concurso de foto. Essa paixão pela fotografia me fez cursar uma graduação em filosofia focada nas matérias de estética , que foram extremamente interessantes e fundamentais para a formação teórica de um fotógrafo.
Aos 17 anos de idade, passei no vestibular para arquitetura, mas por razões familiares não pude cursar a faculdade. Acabei...
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