Valéria Mendes

Valéria Mendes

Falar sobre a arte que desenvolvo sempre me desafia, pois ela reflete um espaço íntimo onde dou forma às minhas emoções – sejam elas positivas ou não – que me acompanham desde a infância. Estou entrando em uma nova fase de produção, na qual busco transpor para a linguagem artística momentos de dor e alegria, explorando nuances emocionais que surgem do meu cotidiano.
Como artista bipolar, as vivências que proponho registrar são experiências autênticas e profundas, muitas vezes imersas em memórias fragmentadas, já que minha memória apagou parte significativa do meu passado. Essas lacunas não me limitam, mas, ao contrário, tornam-se matéria-prima, permitindo-me explorar a fusão entre o que é lembrado e o que é sentido, criando uma conexão ainda mais visceral entre minha arte e a vida que a inspira.
Neste novo ciclo, cada trabalho que desenvolvo carrega um pedaço desse processo de reconstrução emocional, onde as camadas de dor e alegria se sobrepõem, gerando uma narrativa visual que transcende a literalidade das minhas vivências e convida o espectador a partilhar de uma jornada de introspecção e descoberta.