Num gesto silencioso, mas profundamente potente, os olhos desse casal Pataxó encontram a câmera como quem afirma sua existência: firme, ancestral e presente.
Jovens, de Porto Seguro, carregam na pele os traços de um povo que resistiu a mais de 500 anos de apagamentos, mas nunca deixou de florescer. São pais de um menino pequeno, semente que brota entre a mata e o mar, herdeiro de cantos, saberes e histórias contadas na língua e na memória.
Ser Pataxó é carregar o território no corpo e no espírito. É honrar o toré, os cantos, o artesanato, os rituais, e ao mesmo tempo seguir reinventando a cultura no mundo contemporâneo.