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Eurico Salis: Rostos do Rio Grande

Novo livro do fotógrafo Eurico Salis reúne retratos de representantes das várias etnias que compõem o povo gaúcho na atualidade. Confira

Érico EliasPorÉrico Elias
15 de janeiro de 2022
em Matérias
Eurico Salis: Rostos do Rio Grande

Garoto indígena da etnia Guarani fotografado na região das Missões, no Rio Grande do Sul. Foto: Eurico Salis

Dos alemães, italianos, judeus e poloneses, no início do século 20, aos espanhóis, japoneses, russos, árabes e, mais recentemente, senegaleses, que vieram se juntar a portugueses, índios e negros de séculos atrás, o Rio Grande do Sul é um reflexo da mistura étnica e cultural que caracteriza o Brasil. Para expressar essa multiplicidade, Eurico Salis concebeu o livro Cultura e Identidade, composto de retratos captados em campo e dentro de estúdio, em viagens pelos quatro cantos do Estado.

Esse volume conclui uma trilogia, iniciada com O Solo e o Homem, de 2013, e Homens e Máquinas, lançado em 2017 – três publicações financiadas por meio de leis de incentivo à cultura. Desde 2000, Salis trabalha exclusivamente em projetos fotográficos de cunho cultural e na concepção dos próprios livros. Ele mesmo é quem cria o projeto, capta os recursos, faz as fotos, acompanha o processo de impressão na gráfica e coordena a divulgação.

Em uma iniciativa inovadora, o livro foi transposto para o formato de áudio. As fotografias são descritas, permitindo a portadores de deficiência visual uma forma de acesso à obra. Com formato de 27 x 30 cm e 192 páginas, está em processo de lançamento, iniciado em Porto Alegre (RS), em abril de 2019, com abertura de uma exposição no Memorial do Rio Grande do Sul – Eurico Salis planeja rodar por cidades do interior gaúcho realizando sessões de autógrafo. Cultura e Identidade pode ser folheado e “escutado” no site do fotógrafo: www.euricosalis.com.br.

Imigrante senegalês, a nova nacionalidade na mistura de culturas do Rio Grande do Sul

Planejamento para encontrar os personagens

Os retratos reunidos no livro mostram a variedade de etnias não apenas por meio dos traços físicos, mas também por vestimentas tradicionais. Para obter essas imagens, Salis frequentou festividades e retratou grupos que buscam manter vivas as  tradições de seus antepassados.

Capa do novo livro de Eurico Salis

Mas, antes de sair a campo, ele fez pesquisas prévias em jornais, revistas e internet, além de entrevistas e conversas – ao mapear o Estado, descobriu lugares escondidos e comunidades esquecidas. Foi o planejamento prévio que permitiu que suas viagens resultassem em retratos cujos personagens parecem sintetizar as origens principalmente por meio dos trajes que usam.

O fotógrafo conta que não houve qualquer produção de figurino e que quis, ao contrário, tentar captar uma ligação íntima entre o retratado e sua vestimenta. “Não gosto de inventar personagem. Todos os que estão vestidos com roupas tradicionais costumam usá-las em seus grupos de danças e de folclore, são pessoas que têm contato com suas culturas semanalmente. Ninguém se fantasia de imigrante, nem os cenários
são montados”, frisa ele.

Formado na fotografia analógica P&B, Eurico Salis diz que o sistema digital trouxe muitas possibilidades, novidades no processo, oportunidades para expandir o raio dinâmico das tonalidades, criar presets próprios sem usar filtros preconcebidos de aplicativos. “Temos que aproveitar para evoluir com a tecnologia que está aí”, ensina. Atualmente, conta com duas DSLRs Nikon, a D800 e a D850, com as objetivas 18-35 mm f/3.5-4.5, 24-120 mm f/4, 80-200 mm f/2.8 e 150-600 mm f/5.6 – na época do filme, usava uma médio formato Pentax 67. Leva também um tripé de fibra de carbono da marca Induro e um monopé Manfrotto.

Descendente de alemães diante do Moinho Hillebrand, em Nova Petrópolis (RS)
Integrante do Grupo Troyka, de Campina das Missões (RS), que mantém tradições russas no interior gaúcho

Um olhar pode dizer tudo

Para Eurico Salis, o aspecto fundamental de todo retrato reside em captar o olhar do outro, mas, para que esse olhar seja revelador e tenha profundidade, é preciso haver empatia entre o fotógrafo e o fotografado, se possível por meio de uma conversa que preceda a foto ou a sessão de fotos. Quanto maior a cumplicidade, maior tende a ser a força do retrato. “O olhar diz tudo. Até mesmo na rua, quando você passa por alguém e faz um clique, ali se estabelece, num momento fugaz, uma cumplicidade. É da natureza do ser humano. O fotógrafo pode estimular o olhar do outro, pode instigar o personagem a ceder sua intensidade num olhar. Só não pode fotografar um olhar vazio. É uma imagem sem conteúdo, sem narrativa”, define.

Para ter controle total sobre a luz nos retratos que faz, ele só fotografa em arquivo RAW e no modo manual. “Uso muito o rebatedor, porque gosto de me posicionar contra a incidência da luz. Uso flash muito raramente. Prefiro uma iluminação contínua em ambientes que exigem mais luz. Utilizo bastante também o tripé porque fotografo em baixa velocidade, ISO baixo e com diafragma mais aberto. Na hora do clique, prendo a respiração. Já virou cacoete”, brinca ele.

Ele mesmo faz a “revelação” digital dos arquivos no programa Adobe Camera Raw, realiza ajustes via Photoshop e envia para um estúdio de finalização. Feita a edição de textos e arte, o livro vai para a gráfica. Aí vem a última etapa do fluxo de trabalho do fotógrafo: o acompanhamento da impressão dos livros. “Sempre participo de todo o processo, inclusive na pré-impressão e impressão. Nada acontece sem minha participação e revisão”, observa.

Crianças do grupo de dança folclórica alemã de Westfália (RS)
Imigrante russa no interior da igreja católica ortodoxa São João Evangelista, em Campina das Missões (RS)

Um gaúcho da fronteira

Eurico Salis nasceu em 1959, em Bagé (RS), região de fronteira com o Uruguai. Começou a fotografar na adolescência e logo montou um laboratório P&B, onde revelava e ampliava seu material. Em 1982, mudou-se para Porto Alegre (RS), já tendo a fotografia como profissão.

Após anos fotografando para capas de discos de bandas de rock e produzindo fotos editoriais e publicitárias, viveu por um tempo na Itália e nos Estados Unidos até retornar à capital gaúcha em 2000. “Abandonei em definitivo a publicidade e o estúdio para me dedicar exclusivamente a projetos sob encomenda e a publicar livros de fotografia”, conta Salis.

Para conseguir viabilizar financeiramente esse novo caminho, ele se dedicou a estudar as leis de incentivo à cultura estadual e federal. Com isso, passou a conceber os próprios projetos. Também atua como captador, o que acaba sendo um ponto forte, dado seu envolvimento afetivo no trabalho. “Muita gente me dizia que eu deveria fazer a apresentação do projeto porque levava com muita emoção o que estava criando e deveria passar isso aos empresários. Então, virei captador. Acho que sei vender o peixe”, assume o fotógrafo.

O rabino Mendel Liberow, de Porto Alegre (RS), personagem da imigração judaica
Eurico Salis fotografa em estúdio uma descendente de japoneses do Grupo de Dança Shinsei, de Porto Alegre (RS)

Matéria publicada originalmente em Fotografe Melhor 274

Tags: documentalÉrico EliasEurico SalislivroretratoRio Grande do Sul
Érico Elias

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