Os documentários sobre natureza e vida selvagem despertaram o interesse de Bruno Sartori desde a infância. Formado em biologia, ele mora atualmente em Miranda (MS), no Pantanal, e atua como guia no Onçafari, ONG dedicada a conservação e ecoturismo.
Bruno Sartori também atua como fotógrafo e se interessa pelo registro da biodiversidade brasileira. Foi em uma de suas saídas fotográficas no Pantanal, em março de 2024, que ele ganhou “de presente” a aparição de um veado-campeiro albino, animal que nunca antes havia sido registrado. A foto que conseguiu realizar desse encontro, intitulada “Fantasma do Pantanal”, é uma das finalistas do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024.
Descubra os detalhes na entrevista abaixo.
Quantos anos tem? Onde vive e trabalha atualmente?
Me chamo Bruno Sartori, sou biólogo, tenho 31 anos, atualmente moro no Pantanal Sul, na cidade de Miranda/MS e trabalho como guia de natureza no Onçafari, uma ONG dedicada a conservação e ecoturismo.
Conte um pouco da sua trajetória pessoal na fotografia. Quando começou a fotografar e por que? Qual papel tem a fotografia em sua vida?
Desde pequeno sempre tive uma curiosidade pelo mundo da fotografia, principalmente na fotografia de natureza, fui uma daquelas crianças que cresceu assistindo documentários de natureza e isso sempre me despertou fascínio. Quando estava cursando biologia fiz alguns cursos de fotografia e edição, porém só se tornou parte do meu dia a dia quando vim para o Pantanal trabalhar diretamente com a biodiversidade brasileira. Hoje a fotografia vem cada vez tomando mais espaço na minha vida e se tornando o pilar central da minha carreira, quero poder, através das fotos, divulgar mais sobre a biodiversidade brasileira, tornando mais próximas as belezas que temos nos nossos biomas, permitindo assim que mais pessoas tenham contato e vejam a importância de tudo que nos cerca.
Conte um pouco sobre seu trabalho finalista do PPF 2024. Quando e onde foi realizado? Qual a proposta? De que maneira e em que medida ele se encaixa em sua produção fotográfica?
Este registro do “Fantasma do Pantanal” é provavelmente o meu registro mais raro. Um animal que nunca havia sido registrado antes, um exemplar albino de Veado-campeiro, o registro foi feito, em março de 2024, na Caiman Pantanal, uma área no coração do Pantanal sul mato-grossense voltada para a conservação e ecoturismo. Esse tipo de registro só mostra o quanto podemos ser surpreendidos, como a natureza tem um jeitinho de mostrar que sempre tem algo novo para ser descoberto. E são momentos como esse que fazem com que eu tenha certeza de que estou no caminho certo, que podemos fazer a diferença e mostrar a beleza que nos cerca.
Em quais projetos trabalha atualmente? Quais seus planos para o futuro próximo em termos de produção fotográfica?
Atualmente venho me especializando como fotógrafo e guia de natureza, juntando a educação ambiental com a divulgação dos registros de espécies que habitam o imaginário de todos, como a onça-pintada, lobo-guará e diversas outras espécies. No futuro quero abrir possibilidades de fotografar em diferentes continentes, contrastando diferentes cenários e espécies, focado em trazer mais atenção para a conservação e proteção de diferentes espécies e biomas pelo mundo.