Da Finlândia, onde vive atualmente, a fotógrafa Irina Ebralidze demonstra que a paixão pela imagem pode surgir em qualquer momento da vida e transformar completamente nossa relação com o mundo. Com apenas dois anos e meio de trajetória fotográfica, ela desenvolveu uma linguagem visual singular que explora as camadas mais profundas da psique humana, transformando a fotografia em uma ferramenta de investigação existencial.
Sua imagem “Quem Somos?“, finalista na categoria Imagem Destacada do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025, é um intrigante autorretrato que transcende a mera aparência física para mergulhar no universo das perguntas não respondidas. Realizada em 2024, a obra reflete sua prática recorrente de usar o próprio corpo como instrumento de expressão, criando narrativas visuais que funcionam como espelhos do mundo interior. Mais do que capturar feições, a fotografia convida o espectador a um exercício de contemplação profunda sobre as complexidades da condição humana, estabelecendo um diálogo silencioso entre a artista e quem observa.
Descubra mais sobre esta jornada de descoberta fotográfica e os projetos atuais de Irina na entrevista que segue.


Quantos anos tem? Onde vive e trabalha atualmente?
Tenho 63 anos e atualmente vivo em Helsinki, Finlândia.
Conte um pouco da sua trajetória pessoal na fotografia. Quando começou a fotografar e por que? Qual papel tem a fotografia em sua vida?
Interessei-me por fotografia há dois anos e meio. No início, queria simplesmente tirar fotos melhores com meu telefone. Posteriormente, comprei uma câmera e completei vários cursos online sobre iluminação, composição e fotografia de arte. A fotografia me cativou tão profundamente que se tornou uma parte muito importante da minha vida.


Conte um pouco sobre seu trabalho finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025. Quando e onde foi realizado? Qual a proposta? De que maneira e em que medida ele se encaixa em sua produção fotográfica?
Meu trabalho finalista foi criado em 2024. É um autorretrato, pois frequentemente me fotografo para dar vida às minhas ideias. A proposta por trás deste trabalho é uma exploração do mundo interior humano – os pensamentos e perguntas que frequentemente permanecem sem resposta.
Esforço-me para criar imagens que vão além de capturar aparências externas; elas refletem emoções e estados interiores, convidando o espectador a se engajar em uma contemplação mais profunda.
Em quais projetos trabalha atualmente? Quais seus planos para o futuro próximo em termos de produção fotográfica?
Atualmente trabalho em dois projetos. O primeiro utiliza fotografias de arquivo para criar novas histórias. O segundo projeto é sobre ruptura – explora conexões interrompidas e relacionamentos perdidos. Meu plano para o futuro próximo é concluir esses projetos e compartilhá-los com o mundo, pois esses temas são profundamente importantes para mim. Planejo me desenvolver como fotógrafa.
