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Home Perfis

Juliana Chagas: cantos da terra, memórias de cura e a fotografia como ato político-espiritual

FotoDocPorFotoDoc
10 de setembro de 2025
em Perfis
Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura

Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025

Com apenas 24 anos, a brasiliense Juliana Chagas constrói uma trajetória fotográfica que entrelaça devoção, pesquisa e ativismo. Trabalhando na Fundação Oswaldo Cruz no programa de Saúde, Ambiente e Trabalho e atuando como fotógrafa autônoma, ela transforma a câmera em instrumento de preservação cultural e cura coletiva. Sua relação com a imagem começou aos 7 anos, presenteada com uma câmera analógica pela mãe, e evoluiu de ensaios com mulheres para um mergulho profundo na espiritualidade afro-brasileira – sempre guiada pela crença no poder do registro como forma de manter vivas memórias e tradições.

Seu portfólio “Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura“, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025, é um trabalho de imersão de três anos no terreiro de Umbanda Omoloko Ilé Ifé Oxum Apará. Mais do que documentar rituais de iniciação, as imagens revelam a sagrada interdependência entre corpo, território e planeta, mostrando como a espiritualidade afro-brasileira entende que “Orixá vivo é planeta vivo”. Através de gestos, símbolos e rituais de cura coletiva, Chagas evidencia a urgência ecossistêmica que ecoará na COP30, lembrando que a maior riqueza dessas tradições vem da natureza – “é da terra que tudo vem e é para a terra que tudo voltará”. O projeto não apenas se alinha à sua produção fotográfica centrada em narrativas de resistência, mas amplifica um canto de esperança: o resgate de forças ancestrais para cura humana e ambiental em tempos de colapso.

Descubra mais sobre essa jornada que une saúde pública, espiritualidade e fotografia na entrevista a seguir.

Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025
Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025
Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025

Quantos anos tem? Onde vive e trabalha atualmente?

24 (vinte e quatro) anos. Nasci, vivo e trabalho em Brasília – DF. Trabalho na Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz Brasília no Programa de Saúde, Ambiente e Trabalho (PSAT) e de forma autônoma também com diversos trabalhos na área de fotografia.

Conte um pouco da sua trajetória pessoal na fotografia. Quando começou a fotografar e por que? Qual papel tem a fotografia em sua vida?

A fotografia na minha vida é algo essencial. Comecei a fotografar desde criança, por volta de 7/8 anos, quando ganhei a minha primeira câmera fotográfica analógica de presente da minha mãe (que é apaixonada por fotografia também). Desde então, sou uma grande observadora de detalhes e momentos especiais.

Cresci enxergando a grandeza que existe em cada olhar, o poder do registro, das lembranças e memórias que cada foto traz. Aos 19 anos, entrei em um curso de fotografia profissionalizante e, ao terminar, comecei a trabalhar profissionalmente na área. Comecei fazendo ensaios fotográficos de mulheres, depois surgiram eventos diversos, fotografia de produtos, projetos sociais, esportes radicais, e nos últimos 3 anos, meu foco foi fotografia de Terreiro. Juntamente com a finalização da minha graduação em Publicidade e Propaganda, comecei um estudo aprofundado nos rituais religiosos e culturais para o futuro breve ingresso na linha de pesquisa científica em Imagem, Estética e Cultura Contemporânea no mestrado da Universidade de Brasília.

A fotografia tem o papel de me trazer a presença de cada segundo da vida, sendo como um remédio para minha saúde mental, física e para a alma, além de me ter levado a lugares e pessoas que nunca imaginei que fosse chegar. Então, é muito além do que um trabalho: é um estilo de vida e uma necessidade que me faz sentir cada vez mais viva e, assim, fazer também com que cada memória, cultura, ritual, permaneçam vivos.

Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025
Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025
Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025

Conte um pouco sobre seu trabalho finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025. Quando e onde foi realizado? Qual a proposta? De que maneira e em que medida ele se encaixa em sua produção fotográfica?

Meu trabalho “Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura”, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025, foi realizado ao longo desses 3 últimos anos (2023/2024/2025) no terreiro de Umbanda Omoloko Ilé Ifé Oxum Apará, com o objetivo de manter viva a cultura e ritos religiosos. É o encontro entre a espiritualidade afro-brasileira, ancestralidade e a força da natureza. Foi produzido durante processos de iniciação da vida da pessoa humana com o Orixá (divindade afro-brasileira que representa elementos da natureza), com a intenção de registrar gestos, símbolos e rituais que mostram a cura coletiva, porque todos somos um só, e cada um faz parte do todo, inclusive a natureza. Parte assim, para uma relação sagrada entre corpo, território e planeta.

Esse trabalho se envolve diretamente na minha produção fotográfica por manter meu compromisso em registrar narrativas de resistência e preservação cultural, sempre conectadas à urgência de cuidar do mundo em que vivemos. Ao dialogar com questões que estarão no centro da COP30, ele reafirma que a espiritualidade e ecologia caminham juntas na construção de um futuro possível. Nas religiões de matrizes africanas, a maior riqueza vem da natureza. É da terra que tudo vem e é para a terra que tudo voltará um dia, e com essa perspectiva, é um ciclo cíclico que envolve todos os seres vivos.

Então, Quando a Terra Canta representa um canto de esperança; em meio a tantos desastres, é um respiro em que a espiritualidade cura os seres humanos, para entenderem que juntos podem curar outros e, consequentemente, a natureza também. Orixá vivo é planeta vivo, e ser humano vivo é um resgate da força ancestral que um dia foi calada e perdida, mas ainda há tempo.

Que este canto ecoe como um convite para que olhemos, cuidemos e lutemos por nossa casa comum — pois proteger a Terra é também proteger nossa própria existência.

Em quais projetos trabalha atualmente? Quais seus planos para o futuro próximo em termos de produção fotográfica?

Atualmente, trabalho no Programa de Saúde, Ambiente e Trabalho na Fiocruz Brasília-DF. Dentro desse Programa, o projeto com maior ênfase no momento, com duração de 4 anos, é o Territórios Saudáveis e Sustentáveis, mais conhecido nas redes como Territórios de Cuidado. Esse projeto da Fiocruz Brasília, juntamente com o Ministério da Saúde, implica uma abordagem que integra saúde, sustentabilidade e movimentos sociais com uma perspectiva interseccional e intersetorial na promoção da saúde. A iniciativa é voltada para formação-ação de lideranças comunitárias presentes em diversos estados do Brasil.

Para um futuro próximo, planejo iniciar o estudo científico em Imagem, Estética e Cultura Contemporânea no mestrado da Universidade de Brasília, para assim poder aprofundar meus estudos de forma expansiva para outros terreiros, além de guardar sensíveis memórias, disseminar a força e a importância da preservação da cultura ancestral e do planeta Terra, dando continuidade a esse trabalho que apenas se iniciou aqui.

Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025
Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025
Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025

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Tags: documentalJuliana ChagasperfilPrêmio Portfólio FotoDoc 2025
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