Fotojornalista com passagem e publicações em diversos veículos, Luciola Villela tem um trabalho variado. Realizou cobertura de grande eventos, como o Carnaval no Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Manaus, Jogos Olímpicos e diversas edições do Rock in Rio.
Foi nesse grande festival de música que Luciola Villela produziu a imagem Movimento, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2023. Ela conseguiu captar um personagem vestido de indígena passando na frente da roda gigante do mega evento. A baixa velocidade de obturação garantiu um dinamismo à imagem, gerando uma representação perfeita de um evento que é dos mais animados e diversos do calendário cultural brasileiro.
Conheça um pouco mais do trabalho e da fotografia de Luciola Villela na entrevista abaixo:
Quantos anos tem? Onde vive e trabalha atualmente?
Tenho 49 anos, moro no Rio de Janeiro.
Conte um pouco da sua trajetória pessoal na fotografia. Quando começou a fotografar e por que? Qual papel tem a fotografia em sua vida?
Minha mãe Máguida, 85 anos, me influenciou a amar a fotografia desde a infância.
Iniciei no curso do SENAC, em 1992, mas somente comecei a carreira profissional em 2001, como fotógrafa estagiária, no Jornal O Povo, por um ano. Em seguida, integrei a equipe do Jornal dos Sports, cobrindo o dia a dia dos clubes cariocas, durante 3 anos. Em 2005 entrei como colaboradora fixa da INFOGLOGO, nos quais fazem parte: Jornal Extra, Jornal O Globo, Jornal Expresso e Agência O Globo, ficando até 2009.
No mesmo ano fui convidada para a agência de publicidade e jornalismo CasaDigital, iniciando o premiado projeto “Cidade Olímpica”, registrando as mudanças na cidade para as Olimpíadas de 2016, na cidade do Rio. O projeto foi transferido para FSB Comunicação, permaneci até 2017. Participei do documentário fotográfico @Rio365, que viraram livros em 2013 e 2015. Tive fotos premiadas no concurso do SENAC nacional, @Rio450, comemoração dos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, ganhei prêmios e publiquei fotos no livro espanhol “Mirando Con Calma – Fotografia de Cuarentena”, que tiveram fotos escolhidas nos cinco continentes, em 2022.
Expus trabalhos no Foto Rio, na coletiva dos Fotógrafos dos Jornais Globo e Extra, Trilharte, Talentos da Web, Femininos Pessoais em 2019, fui premiada com oito fotos no festival Urbegrafia – Um mosaico do Rio, em 2023.
Tenho experiência em grandes coberturas de Carnaval, no Rio, Salvador, São Paulo e Manaus, cobri várias edições do Rock in Rio e acompanhei campanhas políticas em cinco estados do Brasil. Tenho trabalhos publicados em veículos como Folha de São Paulo, Estadão, Globo, Extra, Jornal do Brasil, O Dia, Caras, Veja, Rio Samba e Carnaval, Site G1, UOL, Terra, Instituto Burle Marx, entre outros.
A fotografia em minha vida é o ar que respiro. Paralisar o tempo e contar histórias é o que mais amo fazer. Ô sorte!
Conte um pouco sobre seu trabalho finalista do PPF 2023. Quando e onde foi realizado? Qual a proposta? De que maneira e em que medida ele se encaixa em sua produção fotográfica?
Essa imagem foi produzida no Rock in Rio, estava procurando personagens, de repente vi uma pessoa vestida como indígena, um guerreiro, que chamava muita atenção de longe, corri para fotografá-lo, e mesmo com a luz bem baixa e velocidade lenta, consegui um efeito bonito na tão famosa roda gigante do festival.
Em quais projetos trabalha atualmente? Quais seus planos para o futuro próximo em termos de produção fotográfica?
Sou fotógrafa freelancer, parceira de agências de notícias internacionais e colaboradora de empresas na área cultural. Tenho trabalho em andamento, mostrando o dia a dia de uma comunidade no Rio de Janeiro onde existe uma biblioteca que sonha mudar o rumo de vida de muitas crianças e moradores da favela. Futuramente pretendo acompanhar as festas no interior sertão baiano e de Sergipe.