Awal é artista antes de tudo — e o corpo, aqui, é mais que instrumento: é parte da obra. Em meio a cadernos, tintas e telas, ele mergulha em um universo onde a criação é desorganizada, viva, íntima. As imagens capturam o momento entre o gesto e o símbolo, entre o caos colorido da mente e a tentativa de organizar o mundo por meio do traço.
Seus quadros não são apenas objetos: são máscaras, armaduras, extensões de si. Awal veste sua arte, se esconde nela, corre com ela, se revela através dela. O estúdio vira caverna de expressão, onde cada pincelada é também tatuagem na própria trajetória.
A estética do fundo azul profundo destaca o contraste com as cores vivas das obras, enquanto a ausência de sapatos e a leveza das poses revelam um artista em estado cru — um corpo que vive para desenhar e desenha para viver.




