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Tradição, Lã e Alma Gaúcha

Tradição, Lã e Alma Gaúcha

Mendes FilhoPorMendes Filho
8 de maio de 2025
em Ensaio

Selecionado no Prêmio Portfólio FotoDoc 2025

Nos campos do Rio Grande do Sul, onde o vento desenha ondulações nos capinzais e o horizonte se perde no infinito, as ovelhas pastam como guardiãs silenciosas de uma história que se confunde com a própria identidade do gaúcho. Se misturam com a vegetação. Elas chegaram com os colonizadores, atravessaram séculos de tropeadas e invernos rigorosos, e permaneceram —não apenas como fonte de sustento, mas como parte indissociável da paisagem e da cultura campeira.

São animais de passos lentos e olhos serenos, cuja lã já vestiu peões, cobriu famílias no frio, pelegos para os arreios dos cavalos, e se transformou em arte nas mãos de fiadeiras. Sua carne, assada lentamente no fogo de chão, reúne gerações em torno do calor das festas tradicionais e traz memórias dos costumes. Seu balido ecoa nas paisagens como um murmúrio ancestral, lembrando que, neste chão, cada animal carrega em si o ritmo da vida no campo—paciente, resistente e profundamente ligado à terra. A carneação para o gaúcho é como se fosse um sacrifício pagão, a dor sentida é abençoada por oração – como sentimento de bênção, como se fosse uma oferta da terra para o homem – para alimentação da família.

Hoje, mesmo com os desafios do tempo moderno, grandes plantações de monocultura da soja, as ovelhas seguem marcando presença, cada vez em menor número e cada vez mais ligadas à tradição e a cultura alimentar de quem a produz, normalmente pequenos produtores. Nos pampas, onde o sol doura os pastos e o orvalho ainda umedece as madrugadas, elas continuam sendo o elo entre o passado e o presente. São mais do que criação; são símbolos de uma tradição que tece, fio a fio, a história de um povo que sabe honrar suas raízes.

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Mendes Filho

Mendes Filho

Brasileiro, 62 anos, aposentado das obrigações formais, mas nunca da arte de capturar o tempo em abstrações de imagens. Fotógrafo por essência, transformo o cotidiano em legado, registrando instantes que, embora efêmeros, carregam em si a energia da vida. Minha câmera é uma extensão do olhar — um instrumento que traduz luz em memória, presença em permanência. Minha fotografia é um ato de escuta: documento do que insiste em ser visto, do que pulsa no ordinário e pede para ser guardado. Cada clique é um encontro entre o que surge e o que se desfaz, entre o acaso e a intenção. Não busco apenas imagens, mas vestígios do tempo — sua passagem sutil impressa em sombras, texturas e gestos. Retrato o que me convoca: cenas que nascem do desejo de preservar histórias ainda não contadas, da curiosidade pelo que a luz revela quando ninguém mais está olhando. Minha lente é movida pela criatividade que desperta no fluxo da rua, da natureza, da vida das pessoas, no ritmo das horas, no silêncio dos detalhes. Fotografo para que o efêmero não se perca — e, nesse processo, descubro que a vida, ela mesma, é um arquivo inesgotável. Em cada registro, deixo um fragmento de mim e resgato um pedaço do mundo.

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