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Vestigia Noctis Sine Locis

(Vestígios de uma Noite sem Lugares)

Marcelo MoryanPorMarcelo Moryan
20 de junho de 2024
em Portfólio

A morte é um tema que, invariavelmente, provoca reflexões profundas sobre a existência humana. Em meu projeto fotográfico “Vestígios de uma Noite sem Lugares”, proponho um olhar sensível e contemplativo sobre a finitude da vida, utilizando a imagem de animais mortos como metáfora para a efemeridade e a incerteza que permeiam nossa existência cotidiana.

A escolha dos animais mortos como protagonistas deste ensaio não é arbitrária. Eles representam, de maneira crua e direta, o ciclo natural da vida e da morte, um ciclo que muitas vezes preferimos ignorar em nossa busca incessante por certezas e permanências. Cada fotografia é um convite à introspecção, um chamado para que observemos a fragilidade da vida e a inevitabilidade da morte com um olhar mais atento e reflexivo.

O título “Vestígios de uma Noite sem Lugares” sugere uma jornada noturna, um percurso pelo desconhecido onde as certezas se dissolvem e somos confrontados com a essência transitória de nossa existência. Após a morte, todas as certezas tornam-se incertas, e é nesse limiar entre o conhecido e o desconhecido que reside a potência deste trabalho.

Cada imagem capturada é um vestígio, um fragmento de uma narrativa maior que transcende o visível. Através das lentes, busco revelar não apenas a quietude da morte, mas também a beleza e a dignidade inerentes a cada ser, mesmo em seu estado final. A composição cuidadosa, a iluminação e os ângulos escolhidos são pensados para evocar uma sensação de respeito e contemplação, transformando o que poderia ser visto como mórbido em algo profundamente poético e humano.

Este ensaio é, acima de tudo, uma reflexão sobre a vida. Ao nos depararmos com a morte de outros seres, somos levados a questionar nossas próprias vidas, nossas escolhas e a maneira como nos relacionamos com o mundo ao nosso redor. “Vestígios de uma Noite sem Lugares” é um convite para que, através da contemplação da morte, possamos encontrar um novo sentido para a vida, valorizando cada momento e reconhecendo a beleza que existe na transitoriedade.

A ordenação das fotos cria uma narrativa que começa com a luta e a queda, passa pela revelação da verdade, a interrupção da vida, a quebra das armaduras, o desejo de libertação, a contemplação, a personificação da morte, a aceitação da natureza, o retorno à terra, a aceitação do destino, a serenidade, a esperança de renascimento e, por fim, a aspiração aos sonhos.

Ira Cerberi – A raiva mata, e o cachorro em decomposição com os dentes à mostra lembra Cerberus, o guardião do submundo, cuja fúria foi finalmente silenciada pela morte.
Cadentia Praedatoria – As víboras também morrem. A cobra morta com uma mosca na cabeça representa a queda do predador, onde a morte, sob a figura de Thanatos, não faz distinção entre os fortes e os fracos.
Revelatio Vitae – Morto por dentro e por fora. O cachorro em decomposição, com o esqueleto à mostra, simboliza a revelatio vitae, onde a morte expõe a verdade oculta sob a superfície da carne.
Fatum Hermetis – Morituri in contrarium, impedientes viam. O gambá atropelado evoca Hermes, o mensageiro, cujo caminho foi interrompido abruptamente, lembrando-nos da fragilidade da vida.
Casus Atlantis – Assim como Atlas carregava o peso do mundo, a tartaruga com seu casco rachado mostra que a morte pode quebrar até as mais resistentes armaduras da vida.
Supplicium Promethei – Em uma pose que evoca Prometeu pedindo libertação, o pássaro repousa com os pés cruzados, ainda esperando ser ressuscitado e libertado das garras da morte.
Prex Numae – Rezando após a morte, o macaco congelado com as patas cruzadas lembra Numa Pompílio, o rei sábio, em sua contemplação final, buscando respostas no silêncio.
Statua Hel – A morte tem uma cara? A vaca em decomposição, quase petrificada, se assemelha à estátua de Hel, a deusa nórdica do submundo, onde a morte é esculpida na própria matéria da vida.
Crepusculum Gaeae – Morte cercada pelo verde da vida, o tatu com o casco rachado simboliza o crepúsculo de Gaia, onde a natureza acolhe a morte como parte de seu ciclo contínuo.
Quies Gaeae – No abraço final de Gaia, a vaca encontra um sono profundo, sua boca aberta como um último suspiro de vida retornando à terra.
Sisyphi Quies – Após a eterna luta de Sísifo, os pés quase petrificados da vaca, com o casco descolado, representam a pausa final e a aceitação do destino. “O fim se atravessa descalço.”
Serenitas Post Mortem – A morte também pode ser sinônimo de paz. O pássaro morto sobre a folha transmite uma sensação de serenidade, como se estivesse sob o domínio de Hypnos, o deus grego do sono.
Phoenix Renascens – Como a Fênix que renasce das cinzas, este pato queimado no lixão, com seu esqueleto exposto e asas erguidas, simboliza a esperança e o desejo de renascimento. “Eu ainda quero voar.”
Aetheris Aspiratio – O tucano, com o bico apontando para o alto, repousa sua cabeça em um tronco, indicando que os sonhos podem alcançar o céu. “Sonhar não é impossível.”

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Marcelo Moryan

Marcelo Moryan

Desde 1990 | Publicitário, Designer, Escritor, Fotógrafo e Artista Multimídia. Na área da fotografia já alcançou êxito em mais de 90 prêmios nacionais e internacionais. Sua obra artística e fotográfica “Cores do Caos” faz parte do acervo permanente do MAB – Museu de Arte de Brasília.

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