Em uma cultura que idolatra a eterna juventude, a velhice torna-se uma espécie de tabu, e o corpo idoso, um incômodo lembrete da passagem inexorável do tempo. Esse desprezo velado manifesta-se em nossa forma de lidar com os idosos, que em muitos casos são relegados ao abandono, esquecimento e à invisibilidade. Nesse contexto, as instituições de longa permanência emergem como espaços que muitas vezes representam o último refúgio para os idosos que enfrentam desafios físicos, emocionais e sociais em suas vidas.
Esse trabalho também honra e reconhece o trabalho incansável dos cuidadores e profissionais que dedicam suas vidas a cuidar dos idosos. Cada imagem captura a dedicação e o profissionalismo desses indivíduos, mostrando que o cuidado vai muito além das tarefas diárias. É uma relação de confiança, afeto e respeito mútuo que se desenvolve entre eles e que são fundamentais para o bem-estar e a qualidade de vida dos idosos.
Em “A última estação”, cada fotografia é um testemunho silencioso, mas poderoso, da resiliência e humanidade que caracterizam o processo de envelhecimento. Além de ser um convite para repensar nossos valores, prioridades e atitudes em relação aos idosos, esse trabalho busca inspirar mudanças, promover o diálogo e, acima de tudo, celebrar a vida da última estação da jornada humana.