Este trabalho (2019-2020), se baseia no movimento psíquico, que leva a vivência de padrões, potencializados pela invisibilidade e obsolescência social da mulher na envelhescência. Entre eles a acumulação, percebida após a morte de minha mãe, a aposentadoria por invalidez, a saída dos filhos de casa e consequente reforma dela, para transformar antigos espaços, cuja existência não fazia mais sentido, possibilitando a construção de uma nova identidade.
As imagens produzidas resultaram da performance com objetos acumulados ao longo do tempo, onde muitos foram doados, mas antes fotografados, convertendo-os em imagens testemunhas da minha história, como rastros de memória de um passado verdadeiro e construtor da topografia do meu ser.