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Cores que Dançam

Cores que Dançam

Júlio MagalhãesPorJúlio Magalhães
15 de março de 2025
em Portfólio

Selecionado no Prêmio Portfólio FotoDoc 2025

As imagens desta série foram capturadas durante as vibrantes e tradicionais celebrações do Maranhão. Utilizando a flexibilidade da fotografia digital, optei por técnicas de baixa velocidade de obturação e dupla exposição, complementadas ocasionalmente pelo uso do flash para realçar nuances específicas de luz e movimento. Essas técnicas criaram um diálogo visual com as festividades, onde a energia dinâmica dos participantes e a explosão de cores se fundem em uma dança contínua e efervescente.

Cada fotografia foi cuidadosamente composta para transcender a simples documentação das festas maranhenses, buscando capturar a essência e a emoção do momento, fazendo com que o fugaz se torne permanente. A baixa velocidade de obturação permitiu registrar o fluxo de movimentos, resultando em imagens que evocam a vertigem e a euforia presentes nas danças e rituais tradicionais. A dupla exposição possibilitou a sobreposição de cenas, criando composições oníricas que transportam o espectador para um universo onde a realidade se funde com a fantasia. O uso seletivo do flash iluminou detalhes específicos, destacando texturas e cores que poderiam se perder na velocidade do movimento.

Minha abordagem fotográfica é profundamente moldada pela forma como percebo o mundo. A miopia faz com que minha visão da realidade seja naturalmente desfocada. Longe de ser uma limitação, considero essa condição uma janela através da qual enxergo e interpreto as nuances da vida ao meu redor. Essa perspectiva me leva a evitar a busca por imagens digitais de foco extremo e cristalinas, preferindo explorar um estilo mais orgânico e menos asséptico. Além da visão míope, as fotografias foram feitas sob a emoção que tambores, matracas e pandeirões causam em qualquer ludovicense que os escutem. Com a máquina na mão, sob a vertigem das batidas, me esquivei da nitidez e clareza fugindo da documentação convencional e da fotografia etnográfica, capturando a essência efêmera do movimento, as cores das celebrações e a emoção que evoca.

Nessas fotografias, movimento e cor são elementos essenciais, de modo a capturar o que de vibrante e caótico as festas do Maranhão possuem, como eu as sinto e experimento intimamente.

As técnicas fotográficas utilizadas são uma extensão natural dessa visão pessoal. Elas me permitem criar imagens que são menos sobre a precisão factual e mais sobre os sentimentos e memórias. Algumas imagens trazem detalhes que se destacam em meio ao turbilhão, pois também busco fugir da mera abstração, ao mostrar que, mesmo dentro do caos, há elementos de ordem e beleza que merecem ser vistos com atenção, notadamente elementos humanos. Estas fotografias são uma celebração da vida em seu estado mais dinâmico e colorido, uma homenagem à beleza das festas do Maranhão. Cada imagem é um fragmento de uma dança perpétua, uma ode visual ao movimento e à cor, a lembrança de um momento de repleto de emoção.

Com este trabalho, desejo mostrar que, às vezes, é na imperfeição e na falta de nitidez que encontramos as formas mais profundas de beleza e verdade e as festas do Maranhão, com sua riqueza cultural e exuberância visual, oferecem um cenário ideal para essa abordagem. Seja no carnaval, seja nas festas juninas, as brincadeiras são expressão de uma forte cultura afro- brasileira, sendo uma poderosa representação dos movimentos de afirmação e resistência da cultura negra, um legado que entrelaça elementos africanos e europeus, criando danças únicas e cativantes.

Aqui se faz um testemunho da vitalidade cultural do Maranhão, uma lembrança perene de que nossa identidade é formada pela fusão de raízes diversas, reafirmando que o tambor de crioula, o Bumba-meu-boi, os blocos tradicionais e tudo o mais são tesouros preciosos que resistem ao tempo, um canto da alma brasileira que ecoa além das fronteiras e perpetua-se no coração de todos que têm a honra de conhecer o estado.

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Júlio Magalhães

Júlio Magalhães

Fotógrafo maranhense que retrata a paisagem natural e as pessoas do Maranhão. Estando funcionário público, utiliza a fotografia para fugir da asfixia dos gabinetes e das formalidades da burocracia. Membro do Foto Clube Poesia do Olhar. Co-autor do livro Tambores, uma releitura fotográfica do livro Tambores de São Luís, de Josué Montello. Vencedor do Grande Prêmio Fotografe de 2022, na categoria ensaio documental. Vencedor do Prêmio Portfólio FotoDoc 2023, na categoria ensaio documental. Menção Honrosa no Prêmio Mário de Andrade de Fotografias Etnográficas do Patrimônio Cultural Imaterial, de 2022. Selecionado para a exposição coletiva do Festival Mês da Fotografia 2023. Participante de diversas exposições coletivas e individuais.

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