Este projeto fotográfico mergulha nos terreiros de Candomblé e Umbanda, espaços de resistência cultural e espiritualidade ancestral, para revelar a complexidade e a beleza de suas práticas. Através de imagens que capturam incorporações, preparos de comidas sagradas, rituais de iniciação e objetos litúrgicos (assentamentos, atabaques, guias), a série busca celebrar a riqueza simbólica dessas tradições, muitas vezes invisibilizadas.
Com um olhar sensível e respeitoso, as fotografias destacam:
O corpo em transe: A transformação física e espiritual durante as incorporações de orixás, caboclos e pretos-velhos.
A cozinha sagrada: A ritualística por trás dos alimentos oferecidos às entidades, atos que unem nutrição e devoção.
Os símbolos materiais: Instrumentos como o xaxará, as contas de firma e os panos da costa, que carregam histórias e identidades.
A comunidade: A força coletiva nos cantos, danças e festas públicas, onde fé e cultura se entrelaçam.
A proposta não é apenas registrar, mas honrar a profundidade dessas práticas, revelando-as como pilares de uma herança africana e indígena que resiste e se reinventa. O projeto inclui entrevistas com mães e pais de santo, além de registros em terreiros de diferentes nações (Ketu, Angola, Jejê), destacando a diversidade dentro dessas religiões.