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Desassossego

Sandra GonçalvesPorSandra Gonçalves
24 de maio de 2024
em Portfólio

A série Desassossego teve início em 2020 e se prolonga até hoje, 2024. É fruto de minha reflexão e produção artística acerca das sensações, percepções e afetos alavancados a partir da disseminação do vírus Covid 19 e suas mutações no corpo social. Como artista, afetada por estar em um mundo, aparentemente, em deriva, fui tomada pelo desassossego e pelo medo frente a esse inimigo mortal e invisível, bem como com todo o mal a ele associado e por ele exacerbado. No pós-covid, a exacerbação se intensificou; o mundo explode e se esgarça apresentando como nunca antes, suas feridas e mazelas. 

A civilização, dita ocidental (Ocidente não como localização geográfica, mas como um modo de ser, estar e agir ligados as forças do capital; tais modos estão pulverizados pelo planeta em núcleos de poder econômico e cultural), perpetua e acerba divisões e cisões entre os seres humanos. A diferença, mais do que nunca, se transformou em algo que, pela lógica do sistema, deve ser silenciada. As minorias, em termos de detenção de poder, como as mulheres, os desviantes, os pobres têm suas falas despontencializadas através de governos de déspotas e pela máquina econômica que os acompanha.

A natureza, nosso bem maior e fundamental a nossa sobrevivência no planeta, é espoliada diariamente por uma máquina mortífera que além de devorar tudo por onde passa, no processo, devora a si mesma e se reinventa. O que restará? Essa pergunta me coloca em um desassossego permanente e o que me resta é o deliro. Tal delírio é feito de imagens onde tempos e geografias se sobrepõem e o humano orbita como um fantasma.

Em tal contexto, medos não tão irracionais afloram, barreiras e muros crescem por todos as partes e passam a separar os considerados de dentro dos considerados de fora. O mundo torna-se cada vez mais binário, excludente com aqueles que não se encaixam, com aqueles que fogem a norma estabelecida.

Os nacionalismos afloram pelo mundo inteiro, as democracias sufocam e com ela os ganhos civilizacionais também se vão. Líderes totalitários e messiânicos surgem como maestros de uma multidão aparentemente acéfala necessitada de um Grande Pai. A irracionalidade e a tirania tomam a linha de frente e a adesão ao tirano torna-se um ponto de fuga mortal. Um suicídio moral e coletivo tinge de vermelho o planeta. A Paixão e o desejo, o instinto de vida, são traídos e suplantando por Tânatos, morte. O canto da sereia aparentemente doce não o é, pelo contrário, é frio, sarcástico e calculista e a multidão delira.

Pretendo com as obras apresentadas, provocar um deslocamento do olhar, uma deriva do observador interessado para chamar atenção para o agora e tentar provocar um desencaixe para quem sabe, reverter, mesmo que minimamente, o movimento entrópico que se acelera no planeta. Penso que essa visão do caos pode ser mobilizadora, catártica.

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Sandra Gonçalves

Sandra Gonçalves

Nasci na cidade do Rio de Janeiro num ano qualquer do século XX. Atualmente, moro e trabalho em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Sou Fotógrafa, Artista Visual, professora e pesquisadora na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Minha área de expertise é a Fotografia. Minha graduação foi em Comunicação Visual na Escola de Belas-Artes, Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde descobri a fotografia como forma de documentação e expressão. Meu mestrado e doutorado foi em Comunicação e Cultura na Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. No ano 2000, realizei minha primeira exposição, individual, no Palácio do Catete com um trabalho Foto documental sobre carvoarias no centro urbano da cidade do Rio de Janeiro. Então, desde os anos 2000, produzo e exibo individual e coletivamente trabalhos relacionados à fotografia no Brasil, Europa e Estados Unidos. O Humano é o centro de minhas reflexões. Desde 2020 tenho participado de Grupos de discussão e estudos sobre a fotografia e a arte (Casa Tato 4; mentoria com Éder Chiodetto e Fabiana Bruno; incubadora com Carlos Carvalho; Fotofilme com Claudia Tavares entre outros). Atualmente faço acompanhamento com Thomaz Pacheco e Letícia Lau. Tenho participado, através de Convocatórias, dentre outras coisas, de Festivais de Fotografia. Possuo prêmios em salões e tenho trabalhos em acervo de museus e coleções particulares no Brasil e França. Lancei pela editora Origem o fotolivro Cápsula, 2021.

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