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Remember me

Imagem de Remember me, de Cristina Cenciarelli, Portfólio ganhador do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024

Remember me

Cristina CenciarelliPorCristina Cenciarelli
1 de outubro de 2024
em Portfólio

Ganhador no Prêmio Portfólio FotoDoc 2024

“Remember me” nasceu do horror de ver quantos nomes de mulheres aparecem no mundo inteiro quando se digita a palavra “feminicídio” e senti a vontade de escrever com luz e sombra mais um triste protesto: lembrar estas mulheres não apenas como pontos num mapa do terror, mas das suas histórias, dos seus rostos. São vozes quebradas, silenciadas, desconstruídas, incapazes de imaginar que o amor pode ser violento.

Lembrei-me da ópera “Dido e Enéias”, do 1689, de Henry Purcell, e de como, por amor, Dido se deixa morrer cantando “Dido´s Lament (Remember me)”.

Em 2021 pedi às minhas colegas fotógrafas brasileiras que posassem para mim para “gravar” em seus corpos os nomes das mulheres mortas na Itália naquele ano: fotos de grão grosso, como fotos de jornais antigos. Os retratos são ficção, mas a história que lhes dá substância é tragicamente real.

E durante o período das fotos (quase dois anos), recebi relatos dessas fotógrafas e de outras mulheres que vivenciaram violência. Assim, o projeto foi aos poucos se transformando em uma responsabilidade profunda e comovente: falar para as que não conseguiam se expressar, uma missão titânica que me fez sentir o medo e a dor dessas mulheres abusadas (e ainda vivas).

As fotos que apresento aqui contém alguns dos nomes das mulheres assassinadas até agora em 2024 na Itália.

As intervenções artísticas em vermelho são criadas por mim diretamente nas fotos impressas com batons, esmaltes, lápis de maquiagem e tintas, um novo teste doloroso para mim.

Gostaria que este projeto se tornasse um futuro arquivo dos nomes e vozes perdidas no mundo. Gostaria de fotografar outras mulheres, não importa onde, que sofreram violência e que com os seus corpos se tornarão testemunhas dos gritos silenciosos das mulheres menos afortunadas. Meu trabalho é uma voz visual, um manifesto da tensão real da minha revolta contra a violência, uma tatuagem em nossa pele como mulheres, para não esquecer.

É um projeto doloroso, mas uma ferramenta necessária para que as mulheres se reconheçam num abuso e com o poder de dar esperança e coragem para falar e lembrar, sempre. que a violência contra as mulheres não tem fronteiras nem limites: um projeto que, infelizmente, parece não ter fim.

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Cristina Cenciarelli

Cristina Cenciarelli

Nasci em Roma, onde trabalhava em publicidade, e em 2003 mudei-me para a ilha de Boipeba, à qual dediquei o livro fotográfico e a exposição “Boipeba lugar sem tempo”. Em 2005, com amigos nativos fundei a associação cultural e a biblioteca que recebeu diversos prêmios. Por este trabalho cultural e fotográfico, em 2013 fui homenageada pela Marinha do Brasil. Em Boipeba sempre procurei retratar delicadamente o cotidiano dos nativos, onde a natureza se mistura com a espiritualidade, a pesca se torna uma atividade poética feita de muito trabalho e espera, onde pequenos gestos se transformam em profunda sabedoria. De fotógrafa de atores virei retratistas de pessoas que, quando cheguei, nem tinham um retrato e, as vezes, nem um espelho: me transformei em outra fotógrafa, em outra pessoa. Tenho o privilégio de ter sido confirmada Filha de Santo de Oxum e Oxalá e de poder fotografar esse mistério profundo e belíssimo que é o candomblé, acolhida e abraçada no Terreiro de Valença-Boipeba. Minhas fotos fazem parte do acervo permanente do Espaço da Fotografia Pierre Verger, Fundação Pierre Verger, Salvador. Nos últimos 4 anos estou me dedicando a projetos pessoais, exposições, workshops entre Brasil e Itália, atuando também como tutor e curadora de projetos de mulheres fotógrafas.

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