A humanidade caminha para um mundo cada vez mais urbanizado, industrializado, digitalizado. Distanciamo-nos da natureza, queimamos mais florestas, produzimos mais lixo, poluímos mais a água e a atmosfera… No entanto, independente de onde vivemos e do nosso estilo de vida, somos totalmente dependentes do meio ambiente. E não somente dependemos dele, como somos parte integrante dele.
Essa é uma síntese de trabalhos autorais feitos entre 2017 e 2022, que a princípio não foram pensados para compor um único ensaio. Porém, por meio de uma intensa análise de toda a minha produção pessoal, percebi traços de semelhança muito fortes entre as fotografias aqui selecionadas. O fio condutor é justamente a simbiose dos humanos com a natureza, em um aviso de que é preciso, com urgência, recuperar nossos intrínsecos laços com ela.
As imagens foram organizadas exatamente nessa sequência para formar uma história. O primeiro momento é composto pela morte dos nossos vínculos com a natureza, em seguida, surge um processo de despertar para a necessidade de mudar essa realidade, para poder então recomeçar através de um frágil renascimento, partindo para o florescimento dessa relação, cada vez mais intenso, que depois passa a fluir com mais naturalidade e potência, até entendermos que somos parte do todo, somos feitos de poeira estelar.