Com início em 2020, Tempo Esculpido foi também esculpido pelas emoções que se transformam e revelam novos caminhos de registro, de manipulação, de aspiração e inspiração.
São seres que transitam da natureza para meu imaginário; despertam memórias adormecidas pelo tempo. Visões. Disformes monstros, elegantes dançarinas, restos mortais daquilo que existiu somente por alguns instantes. Figuras criadas, montadas, esculpidas em forma de fisiologia única e momentânea. Corpos sinuosos transparecem. São os secos arreganhados comungando com os frescos adocicados.
A investigação que poderia somente evidenciar as marcas do tempo aponta para uma revalorização do que se deteriora. Florescer e murchar, nascer e morrer. A degradação revela um novo existir. A natureza não é morta.