Este trabalho reúne fotografias captadas no último ano em Porto Alegre e região metropolitana abordando os efeitos da maior enchente da história do Rio Grande do Sul.
Em poucos dias choveu mais de 500 mm, provocando inundações em 478 dos 497 municípios gaúchos e afetando mais de 2,4 milhões de pessoas que tiveram suas casas alagadas. Foram registradas 183 mortes e dezenas de desaparecidos.
Os impactos ambientais foram severos: perda de vegetação ribeirinha, assoreamento de rios e proliferação de doenças. E as perdas materiais, públicas e privadas, difíceis de contabilizar por conta da enorme extensão. Ainda hoje, em algumas áreas, cerca de 30% das pessoas não retornaram a seus lares, seja por medo de novas catástrofes, seja por dificuldades econômicas.

Moradora emocionada coloca a salvo seu pet na cidade de Cachoeirinha. Milhares deles foram resgatados e colocados em abrigos à espera dos seus donos.

Desabrigados pelas aguas são alojados em escolas, centros comunitários e igrejas na cidade de Canoas. Esta foi uma realidade de todas as cidades atingidas.

Passagem subterrânea no Centro Histórico de Porto Alegre, ficou totalmente inundada, contendo em sua superfície grande quantidade de lixo.

Parede de vidro no Centro Histórico de Porto Alegre, fica com diferentes marcas indicando a descida lenta do nível das aguas.

Na parede de morador de Eldorado, quadro com um compilado de fotos familiares. Histórias de vida que foram levadas ou destruídas pelas aguas.

Morador de Eldorado observa pesado muro de concreto que foi derrubado pela força da correnteza.

Vista dos entulhos descartados pelos moradores de Cachoeirinha, uma entre tantas ruas que foram invadidas pelas aguas nas diferentes cidades atingidas pelas enchentes.

Morador de Eldorado do Sul atingido pelas enchentes, mostra como as aguas chegaram até o teto de sua residência.

Entre as inúmeras coisas depositadas nos entulhos na frente de cada casa, as evidências de fé. Para muitos, fundamental na retomada de suas vidas.

Casa atingida na beira do Lago Guaíba pelas enchentes, mostra a força destruidora da correnteza. Moradores não retornaram ao local.

Depois de um ano das enchentes, esta casa continua abandonada. Como tantos outros, seus moradores nunca voltaram para tentar recuperar algo do que restou.

A correnteza provocou erosão. Areia e lodo ficaram acumulados no leito dos rios e nas zonas ribeirinhas.

Vista parcial de um bairro de El Dorado do Sul após um ano da enchente. Sinais claros da migração dos antigos moradores para outras cidades na busca de uma vida mais segura e tranquila.

Moradora das margens do Lago Guaíba, conta sua história. “Perdemos tudo, mas com algumas economias e ajuda dos vizinhos construímos esta nova casa. Meu marido é pescador, por isso temos que ficar no mesmo local”