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Home Perfis

Miriam Fichtner e o sul afro

Érico EliasPorÉrico Elias
1 de março de 2022
em Perfis
Em busca de profundidade

Mirian Fichtner usou flashes e lanternas, por isso ficou conhecida como “a moça da luz” Foto: Miriam Fichtner

A gaúcha Mirian Fichtner vive há 33 anos no Rio de Janeiro (RJ), onde desenvolveu a carreira. O primeiro projeto documental surgiu em 2005, quando ela leu uma matéria no jornal O Globo (com a tabulação do censo do IBGE sobre as religiões de matriz africana no Brasil) que colocava o Rio Grande do Sul como o estado brasileiro com maior número de adeptos declarados e de terreiros proporcionalmente ao número de população.

“Eu era editora de fotografia da revista Época e desejava mergulhar em um mundo desconhecido para realizar um trabalho autoral em profundidade. Pedi demissão e fui para o sul articular esse trabalho. Pensei que iria realizá-lo em um ano, mas levei quatro até sair o livro”, conta.

Foram dois anos pesquisando, visitando e conhecendo o Batuque, como é conhecida a religião de origem afro no sul do Brasil, mais dois anos fotografando e preparando o livro Cavalo de Santo: religiões afro-gaúchas, publicado em 2010 pela Fundação Cultural Palmares. O processo de pesquisa envolveu visita a 100 terreiros e 30 casas de santo, dos quais foram escolhidos 13 para entrar no projeto. “Ao longo da pesquisa, percebi que o tema não fazia parte da cultura oficial gaúcha. Essa suspeita se materializou nas inúmeras recusas de patrocínio ao projeto”, lembra.

A persistência, uma das principais qualidades em um fotógrafo documental, acabou trazendo recompensas. O projeto gerou quatro grandes exposições, no Santander Cultural, em Porto Alegre (RS), na Casa dos Azulejos, em Rio Grande (RS), no Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio de Janeiro (RJ), e no Museu da Cultura Afro-Brasileira, em Salvador (BA).

O livro ganhou o 2o Prêmio Nacional de Cultura Afro-Brasileira, em 2012, e o 1o Prêmio Petrobrás de Jornalismo, em 2013. Em 2018, foi selecionado pela revista ZUM, do Instituto Moreira Salles, como um dos 10 livros de fotografia mais relevantes sobre a cultura afro-brasileira. O projeto se transformou em um documentário de longa-metragem em 2016, programado para ser finalizado e lançado em 2020. A fotógrafa também trabalha em uma segunda edição do livro, que está esgotado.

Fotos do projeto Cavalo de Santo, de Mirian Fichtner, sobre religiões afro no Rio Grande do Sul. Foto: Miriam Fichtner
Foto: Miriam Fichtner
Foto: Miriam Fichtner

A moça da luz

Mirian Fitchtner usa equipamento Nikon e costuma planejar o que vai levar a campo em função do tipo de trabalho que irá fazer. Geralmente, procura usar o mínimo possível, para ter agilidade. Gosta de ter à mão luz artificial em externas, aproximando esse tipo de cenário das características da fotografia de estúdio. E, no caso específico do projeto Cavalo de Santo, a luz artificial se fez necessária, já que a maioria dos eventos nos terreiros gaúchos são realizados à noite.

Mirian tinha à disposição duas cabeças de flash da marca Lumedyne alimentadas por baterias, além de lanternas e rebatedores. Em muitos casos, usou o flash como luz de preenchimento, deixando o Sol na contraluz.

“Gosto de trabalhar com assistente, mas no caso do Cavalo de Santo era um complicador, pois quanto menos eu aparecesse, melhor. Procurava ser uma energia invisível. Foi muito legal a experiência de conviver com seres, entidades e Orixás em uma outra dimensão do mundo material. Eles me tratavam carinhosamente como ‘a moça da luz’, em uma alusão à luz do flash que eu disparava através de sinal infravermelho”, recorda a fotógrafa.

Mirian afirma que se tornou impensável fazer um projeto sem recolher autorização de uso de imagem dos envolvidos. Para ela, isso acaba dificultando a realização e a espontaneidade das fotos. Já na questão de custos de projetos, ela comenta que o Brasil passa por um período de “vacas magras”. “Sempre financiei meus projetos autorais com o que ganho na área corporativa ou participando de editais, só que hoje há cada vez menos editais de abrangência nacional com temática livre. A alternativa para desenvolver projetos é por meio de financiamento coletivo, mas, infelizmente, ainda não temos a cultura colaborativa consolidada no País”, avalia.

Foto: Miriam Fichtner
A fotógrafa registrou manifestações da religiosidade de matriz africana até dentro de um mercado em Porto Alegre Foto: Miriam Fichtner

Quem é ela

Mirian Fichtner nasceu em Porto Alegre (RS) e se formou em Jornalismo pela PUC/RS. Desde 1987 vive no Rio de Janeiro (RJ), mas retorna com frequência ao seu estado natal. Trabalhou como fotógrafa em diversas publicações e foi editora de fotografia da revista Época de 2001 a 2005. Fundou a Pluf Fotografias em 2006, empresa que atua nas áreas editorial e corporativa. Faz parte do coletivo carioca PictoRio. Instagram: @mirianfichtner.

Em busca de profundidade

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Tags: candomblécultura populardocumentalÉrico EliasMirian FitchtnerreligiãoRio Grande do Sulumbanda
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