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Cidade, fotografia e as contradições da modernidade brasileira

Mostra em cartaz no IMS de São Paulo traz um panorama de cidades brasileiras entre 1890 e 1930 pelas lentes de fotógrafos variados

Érico EliasPorÉrico Elias
24 de janeiro de 2023
em Resenhas
Cidade, fotografia e as contradições da modernidade brasileira

Foto sem autoria reconhecida mostra trabalhadores participando de um comício durante a primeira greve geral em São Paulo, em 1917

Aberta no IMS de São Paulo até o dia 26 de fevereiro de 2023, a exposição “Moderna pelo Avesso: fotografia e cidade, 1890-1930” tem como objetivo apresentar um panorama das grandes cidades brasileiras na passagem para o século XX por meio de duas mídias que se tornavam populares naquele momento: a fotografia e o cinema. O período marcou a reformulação urbana de nossas principais cidades, a chegada da modernidade por meio de uma paulatina mercantilização de todos os aspectos da vida. Nesse movimento, a fotografia teve um papel fundamental, não apenas como mercadoria, mas também como suporte preferencial de registro.

A mostra se propõe a mostrar as transformações da paisagem urbana brasileira por meio de técnicas que passavam por uma revolução naquele momento histórico, tais como a fotografia panorâmica, a esteroscopia, a fotomontagem e o próprio cinema. Um dos personagens mais marcantes dessa modernidade fotográfica foi Valério Vieira (1862-1941), que está presente na exposição com a icônica imagem Os Trinta Valérios, fotomontagem na qual ele atua como autor e como ator, com retratos sucessivos realizados em uma mesma tira, por meio de uma câmera construída especialmente para essa finalidade, e com uma pintura a óleo sobre fotografia que exibe o suntuoso prédio do Teatro Municipal de São Paulo, inaugurado em 1911, povoado por uma multidão de espectadores que se movimenta em trajes de gala na parte externa do edifício. As imagens de Valério Vieira ressaltam a importância das artes cênicas e a popularização dos retratos fotográficos e dos estúdios naquele momento.

Imagens de Marc Ferrez (1843-1923), Augusto Malta (1864-1957) e Aurélio Becherini (1879-1939) exibem transformações no tecido urbano, novas edificações que surgem com uso de materiais industriais, como o ferro forjado. Uma série de fotografias exibe a demolição do Morro do Castelo, no centro do Rio de Janeiro, evento de enorme importância na transformação do espaço urbano carioca e nas obras de modernização do centro histórico. O morro abrigava antigos casarões e cortiços. As terra retiradas do morro foram utilizadas para aterramento de áreas baixas na Baía da Guanabara. O espaço aberto abrigou a Exposição Internacional do Centenário da Independência, em 1922, um marco da modernização da capital federal, que também está presente na mostra, com uma série de imagens noturnas.

A demolição do Morro do Castelo, no Rio de Janeiro, em fotografia de autoria não conhecida, captada em 1922
A demolição do Morro do Castelo, no Rio de Janeiro, em fotografia de autoria não conhecida, captada em 1922
A demolição do Morro do Castelo, no Rio de Janeiro, em fotografia de autoria não conhecida, captada em 1922
Escadaria em interior de edifício no Rio de Janeiro (RJ), em foto de Marc Ferrez captada cerca de 1907
Fotos de São Paulo (SP) captadas por Aurélio Becherini entre 1910 e 1916

Para além da visão oficial

A mostra não se contenta com as imagens “oficiais” dessa transformação, traz também novos pontos de vista que surgiam da emergente fotografia de rua, tornada possível com o surgimento de câmeras mais compactas e da película em rolo, que dispensavam o uso do tripé e o lento processo de troca de chapas para realização de fotografias. Um painel com imagens de Vincenzo Pastore (1865-1918) mostra cenas de rua captadas em São Paulo de atos prosaicos e cotidianos: o vendedor de vassouras, pessoas em torno de um realejo, pequenos prestadores de serviços jogando bola de gude, o comércio de frutas, a carroça de coleta de lixo. A cidade ganha rosto e dimensão humanos. Um os pontos altos da exposição fica por conta do conjunto de fotografias de rua captado pelo português Francisco Rebello em Recife na década de 1920.

A mostra reúne ainda outras vertentes da fotografia. O cientista suíço Jacques Huber (1867-1914), que mudou-se para Belém em 1895 para trabalhar como chefe da Seção Botânica do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, comparece com uma série de imagens de plantas amazônicas, reunidas em um livro publicado entre 1900 e 1904. A exposição também traz imagens feitais por Huber durante o Círio de Nazaré, importante festa popular religiosa, em 1902. O português Francisco du Bocage (1860-1919) está representado com uma série de imagens panorâmicas captadas em Pernambuco entre 1910 e 1915. Fotos de família produzidas por Alberto de Sampaio (1870-1931) e naturezas mortas de Hermínia de Mello Nogueira Borges (1894-1989) representam o avanço da fotografia amadora, praticada por diletantes abastados. Imagens do interior de casas da burguesia mostram a massiva ocupação das paredes com fotografias.

Imagens de plantas amazônicas por Jacques Huber (1904)
Cena do Círio de Nazaré em 1902, maior festa popular de Belém (PA), captada por Jacques Huber
Cena do Círio de Nazaré em 1902, maior festa popular de Belém (PA), captada por Jacques Huber

A exposição traz ainda imagens sem autoria reconhecida, porém de importância histórica e qualidade técnica, caso da foto que mostra trabalhadores participando de um comício durante a primeira greve geral em São Paulo, em 1917. O país crescia, se modernizava e se industrializava, processo que trouxe consigo o surgimento do movimento operário e das ideias socialistas em solo brasileiro.

Com curadoria de Heloisa Espada, assistida por Beatriz Matuck, a exposição é extremamente bem sucedida em seu intuito de mostrar as mudanças urbanas vividas pelo Brasil em diferentes cidades por meio de uma mídia que se popularizava naquele momento, com uma variedade de autores, proveniências, aplicações e estilos. O ponto fraco ficou por conta da ausência de textos explicativos sobre alguns conjuntos de imagens, caso dos trabalhos de Valério Vieira, Francisco Rebello, Alberto de Sampaio e Francisco du Bocage, cuja qualidade visual e originalidade não vêm acompanhadas de uma contextualização.

Conjunto de fotos de rua captadas por Francisco Rebello em Recife (PE) durante a década de 1920, um dos pontos altos da exposição
Imagens panorâmicas realizadas por Francisco du Bocage em Recife (PE)
Cenas captadas por Alberto Sampaio, fotógrafo amador em atividade no Rio
Cenas captadas por Alberto Sampaio, fotógrafo amador em atividade no Rio

Serviço

Exposição MODERNA PELO AVESSO: Fotografia e cidade, Brasil, 1890-1930

Entrada gratuita

de 13/9/2022 a 26/2/2023

IMS Paulista
Galeria 1 – 6º andar Avenida Paulista, 2424 São Paulo/SP

Horário

Terça a domingo e feriados (exceto segunda) das 10h às 20h. Última admissão: 30 minutos antes do encerramento

Tags: Alberto de SampioAugusto MaltaAurélio BecheriniBelémBetriz MatuckCena de Ruacinemaexposiçãofotografia modernaFrancisco du BocageFrancisco RebelloHeloisa EspadaHermínia de Mello Nogueira BorgesIMSInstituto Moreira SallesJacques HuberMarc FerrezmodernidadepaisagemReciferesenhaRio de JaneiroSão PauloValério VieiraVincenzo Pastore
Érico Elias

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