A obra Pray nasce da construção de uma instalação efêmera composta por uma pedra de gelo maciça, modelada ao longo de três meses, e uma vela acesa contra um fundo denso de tinta preta registrado pela fotografia. A interação entre esses elementos estabelece uma narrativa visual sobre o tempo, a fragilidade e o inevitável desaparecimento, onde o gelo derrete enquanto a vela queima, criando uma tensão entre resistência e transitoriedade.
Mais do que um estudo sobre efemeridade, Pray reflete sobre a ilusão de permanência que rege nosso comportamento coletivo. Vivemos como se nossos espaços fossem sólidos, ignorando que tudo ao nosso redor está em constante transformação. Assim como o gelo e a chama coexistem por um instante antes de desaparecer, a fotografia captura esse limiar entre a materialidade e sua dissolução, questionando o impacto invisível de nossas ações sobre aquilo que consideramos imutável.