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Qual Veneno te Mata?

Rama CostaPorRama Costa
10 de abril de 2023
em Ensaio

Numa ponta da mesa, o brasileiro apenas escolhe qual o veneno vai lhe matar, como diria Emicida. Na outra, políticos assinam projetos de lei que liberaram 290 substâncias, sendo que dessas 118 são consideradas altamente tóxicas e 32% foram proibidas na união europeia. Muitas delas, associadas a mal de Parkinson em agricultores, desenvolvimento de tumores em humanos e animais, entre outros problemas.

A maior parte do uso destes agrotóxicos é usada para produção de soja e milho, produtos em que o Brasil lidera a produção mundial. O agrotóxico chega à mesa das pessoas através de derivados de leite, da carne, do cereal, de produtos industrializados que fazem uso de lecitina de soja, como margarina, sorvetes, biscoitos, ovos, frango, entre outros. Quando usados por pequenos agricultores, o perigo aumenta ainda mais, podendo causar acidentes do manuseio, sequelas nos usuários – que aplicam os produtos sem segurança -, e contaminando lençóis de água, alimentos e colocando em risco populações polinizadoras.

A contaminação dos alimentos é apenas uma parte dos malefícios de um agronegócio mal pensado. A expansão feroz da devastação de biomas brasileiros foi fortemente propagandeada e incentivada pelo governo federal e por parte dos legisladores (a famosa Bancada do Veneno) nos últimos 4 anos, num balé mortal orquestrado por lobistas e performados pelo crime organizado. A promessa é de um desenvolvimento e riquezas que nunca se concretizam, principalmente para os pequenos donos de terra e para os povos indígenas.

A realidade é que o fogo avançou nos últimos 4 anos com total descaso do Governo Federal. Foi público e notório o discurso do ex-presidente e de seus ministros do meio-ambiente em passar a boiada. E foi pública também a inação das forças que deveriam proteger as florestas. Os poucos que agem, foram destituídos de seus cargos.

Depois das queimadas vem a grilagem de terras. Pequenos agricultores e indígenas sofrem ataques de milícias, coronéis e garimpeiros que possuem suspeita proximidade ao Governo Federal. Esses povos também sofrem com a propaganda institucional contra o modo de vida indígena e quilombola, fazendo crescer o preconceito sobre esta população. Com o “aval” do governante, morte e destruição se espalharam por todo o País em uma escalada assustadora.

Para além das questões sociais, as consequências no clima são evidentes. O Nordeste do Brasil se transformou na maior área em desertificação do planeta. As secas são cada vez mais severas nas regiões centro-oeste, sul e sudeste e as queimadas não provocadas também aumentaram. Falta água para gerar energia. Falta água para uso humano. Sobra fumaça. Enquanto isso, litros e mais litros dessa água toda são exportadas em forma de ração animal para a China.

O ensaio não tem o intuito de convidar para reflexão sobre um assunto que, de tão explicado, virou óbvio. Não há mais tempo. É tempo de agir com responsabilidade. É preciso parar a boiada.

O ensaio foi inspirado e concebido a partir do poema de Jeová Santana, durante a oficina Fotografando Poesia, ministrada por Jorge Vieira. 

POEMA (LITERALMENTE) CONCRETO

Agro é tech
Agro é pop
Agro é tudo
(Agro é morte)

Agradecimentos especiais as pessoas nas fotografias:
Fernanda Simões, Galego do Veneno, Clara Barbosa, Victor Romero e Jaynara Nuray.

Galego do Veneno
Na foto, Galego do Veneno, um folclórico vendedor de veneno das ruas de Maceió, faz as vezes da bruxa madrasta nos oferecendo uma maçã, naturalmente evenenada.
Natureza Morta
Laranjal ou cemitério? A laranja, um dos principais produtos de exportação do Brasil, é o produto mais impactado pelo uso de agrotóxicos no Brasil. Qualquer outra interpretação relacionada ao ambiente político do Brasil e à corrupção, não são por mera coincidência.
Angra
A deusa do fogo parece não ter forças contra o fogo do desmatamento.
Receita de Morte
Hormônios de crescimento, os agrotóxicos mais tóxicos, más condições de criação. A produção alimentar que não mata fome, só aumenta a desigualdade. Qual será o vírus de amanhã?
Uma imagem para representar e homenagear o espírito de resistência do povo brasileiro. Um convite para nos juntarmos no sentimento de união e solidariedade aos povos indígenas, tão donos de suas terras quanto qualquer fazendeiro que possua uma escritura. A modelo que posa para essa foto, Jaynara Echiley – de nome indígena Tkayanny Nuray – é integrante da tribo Kariri-Xocó e relata:
“Desde 1978 os Kariri-Xocós sofrem com conflitos decorrentes da demarcação de terras, tendo sido alvos de catequeses, ameaças e assassinatos, para que desistissem do seu território. Foi neste ano que os indígenas reocuparam a Fazenda Modelo e exigiram a demarcação do local. Essa data é conhecida como “A retomada”. Nos anos 2000, a Funai – Fundação Nacional do Índio – ampliou a reserva em 4.419 hectares, desagradando fazendeiros e posseiros que, enquanto recorriam em um processo judicial, travaram um embate conflituoso com os índios. Houve ameaças de ambos os lados, discussões acaloradas e até tiros com armas de fogo. Ao longo dos anos, os Kariri-Xocó consolidaram sua presença no espaço”.
Atualmente os Kariri-Xocós celebram uma vitória parcial nas terras reconquistadas, Jaynara relata que os integrantes da tribo ainda sofrem preconceitos na região tanto por parte da população quanto por autoridades locais.
Rama Costa

Rama Costa

Realiza trabalhos em fotografia documental, criativa e conceitual, além de paisagens naturais e urbanas, utilizando linguagens variadas, mas sempre trazendo à tona um quê de poesia. As obras produzidas no formato de ensaio e séries possuem uma visão humanista, por vezes intimista, conduzindo os espectadores por narrativas inusitadas, acendendo o pavio da reflexão frente a diversos temas.

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