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Raphael Alves: um documentarista das questões amazônicas

FotoDocbyFotoDoc
7 de September de 2023
in Profiles
Crise Yanomami

Uma mulher Yanomami chega à Boa Vista, após resgate aéreo, em situação de grave desnutrição e com sintomas de malária. Foto: Raphael Alves

Nascido em Manaus (AM), Raphael Alves usa a fotografia como forma de falar da própria existência, trabalhando principalmente na região norte do Brasil e abordando temas sensíveis. Captada em Boa Vista (RR), a forte imagem intitulada “Resgate aos Yanomami“, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2023, é um exemplo eloquente disso.

Simboliza a documentação do resgate e do tratamento oferecidos pelo governo brasileiro aos indígenas Yanomami, acometidos por doenças e desnutrição diante do avanço ilegal de mineradores em suas terras. Exibe o resgate de uma senhora que não conseguia ficar de pé e por isso teve de ser carregada.

Sobre a mesma temática, Raphael Alves também teve um Ensaio e um Portfólio selecionados e publicados no âmbito do Prêmio Portfólio Fotodoc 2023. Conheça um pouco mais de sua trajetória na fotografia e dos temas que aborda na entrevista abaixo:

Uma pessoa ligada ao garimpo na Terra Indígena Yanomami mostra sete gramas de ouro que recebeu como pagamento por seu trabalho de piloto de aeronave de garimpo. Imagem do Portfólio “Crise Yanomami”, de Raphael Alves

Quantos anos tem? Onde vive e trabalha atualmente?

 Tenho 40 anos. Vivo em Manaus-AM, onde nasci. Trabalho na região Norte, sobretudo no Amazonas.

Conte um pouco da sua trajetória pessoal na fotografia. Quando começou a fotografar e por que? Qual papel tem a fotografia em sua vida?

Comecei a fotografar logo no primeiro ano de universidade. Estudei Jornalismo na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e escolhi o curso justamente por causa da fotografia. Trabalhei em veículos locais: jornais e revistas. Depois cursei um mestrado e comecei a colaborar com agências de notícias e veículos de abrangência nacional e internacional.  
Para mim, a fotografia é mais que meu trabalho. É a forma que encontrei para melhor interpretar o mundo que me cerca. Ela me permitiu até hoje conhecer e contar histórias, ver coisas, mas sobretudo entender o que eu tenho a ver com tudo o que está em volta. E esse é um dos motivos que me faz ter ainda mais ímpeto de trabalhar na região em que nasci. Fotografar, de certa forma, é falar da minha própria existência.

Vista aérea de uma área de garimpo abandonada no Rio Mucajaí, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A cor do rio é resultado da forte presença do garimpo na região. Imagem do Ensaio “Garimpeiros em retirada”, de Raphael Alves

Conte um pouco sobre seu trabalho finalista do PPF 2023. Quando e onde foi realizado? Qual a proposta? De que maneira e em que medida ele se encaixa em sua produção fotográfica?


A imagem foi realizada em Boa Vista-RR, e trata do resgate de pessoas do povo Yanomami acometidas por sérias doenças (como malária, pneumonia e gastroenterites agudas) e severa desnutrição em virtude da presença ilegal do garimpo em suas terras. A água, o solo em suas terras foram contaminados. Com isso, não há pesca, caça e plantio que não tenha sido também contaminada. Isso e prejudicou gravemente a alimentação do povo Yanomami. Aliadas às doenças causadas pela desnutrição e contaminação, o desmatamento causado pela mineração ilegal também levou a região a ser a líder em casos de malária no País. Tudo isso levou a uma crise humanitária profunda. Estive lá em janeiro deste ano, logo após ser declarada a emergência e em outra oportunidade no primeiro semestre.

É um cenário desolador. Essa senhora da imagem, não conseguiu ficar de pé tão grave era sua situação (malária severa, pneumonia e desnutrição). 
Como sou colaborador de uma agência de notícias, ofereci a cobertura e a agência me deu todo suporte para realizar o trabalho, que por sua vez têm muita relação com o trabalho que realizo na região, uma vez que os povos originários são os verdadeiros donos da terra em que vivemos e seguem sendo atacados desde o processo de colonização iniciado por volta do ano de 1500.
 Além do mais, em termos geográficos, a Terra Indígena Yanomami também toca o Amazonas, meu estado de origem. E, por fim e mais importante, não se pode simplesmente ignorar uma situação dessas envolvendo seres humanos: São séculos de exploração e destruição de vidas, línguas, culturas. 

O olhar de uma mulher Yanomami, nas proximidades da Casa de Saúde Indígena (CASAI) Yanomami, em Boa Vista, Roraima. Imagem do Portfólio “Crise Yanomami”, de Raphael Alves

Em quais projetos trabalha atualmente? Quais seus planos para o futuro próximo em termos de produção fotográfica?



Sigo cobrindo histórias relacionadas aos povos indígenas, como as manifestações contra o Marco Temporal. Outra agenda importante do meu trabalho na região é a constante pressão do espaço urbano sobre a natureza. Tenho trabalhos a longo prazo que tratam da questão da água, saneamento, da floresta, da fauna. Quero seguir trabalhando neles, tendo como ponto de atenção primordial o papel do ser humano nesses conflitos.

Tags: highlights 2023documentalfotojornalismoindígenasFotoDoc Photo Contest 2023Raphael Alves
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FotoDoc - Festival de Fotografia Documental, de 4 a 8 de novembro de 2025, Panamericana Escola de Arte e Design, São Paulo (SP)

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