Exu é força motora, geradora e criativa, é o mestre das encruzilhadas, aquele que conhece e abre os caminhos, inicia a vida. O seu elemento natural é o fogo, amplamente associado ao ardor da sexualidade.
“Sou reboliço e alegria.
Rodo, tiro e boto; jogo e faço fé.
Sou nuvem, vento e poeira.
Quando quero, homem e mulher.
Sou das praias e da maré.
Ocupo todos os cantos;
Sou menino, avô, maluco até.
Posso ser João, Maria ou José.”
(Mario Cravo Jr.)
Exu encarna a sensualidade e a sexualidade, principalmente em sua versão feminina, sendo símbolo da fecundação e vida, e do poder da sedução. Exu é o mensageiro da palavra. Imageticamente, remete ao escândalo, ao vermelho, à nudez, à chachaça, aos prazeres.
“Escandalizemos os puritanos, desmascaremos os hipócritas”, conclama Abdias do Nascimento em seu poema Padê de Exu Libertador. O ensaio “Exú não é diabo” tem como título o tema da Patuskada Raimundo Bouzanfraim, que fechou o carnaval, abrindo os caminhos para 2024 em Salvador.
Laroiê!