O período de seca, que ocorre todos os anos na região amazônica, desta vez deixou o maior estado brasileiro (Amazonas) e a maior porção da Amazônia em situação de emergência. Os 62 municípios sofreram com a estiagem, afetando as vidas de mais de 600 mil pessoas. Tudo isso, dois anos depois da maior enchente da história. Ou seja, os eventos extremos são cada vez mais frequentes devido às alterações climáticas e ao impacto da ação humana desenfreada.
Os danos foram fortemente sentidos pelos habitantes da região amazônica. Altas temperaturas, bancos de areia que se formaram no meio dos rios, isolando municípios e comunidades ribeirinhas.
A seca deste ano atingiu a marca histórica de 12,70 metros, segundo registro feito no Porto de Manaus em 27 de outubro, o menor nível desde o início da medição, há 121 anos. De acordo com o Centro Nacional de Monitorização e Alertas de Desastres Naturais, as precipitações de Junho a Agosto estiveram abaixo da média para o período. Especialistas apontam que dois fatores principais inibiram a formação de nuvens e, consequentemente, as chuvas: o fenômeno El Niño, caracterizado pelo aquecimento anormal do Oceano Pacífico, e as mudanças climáticas.
Nascido em Manaus (Amazonas, Brasil), Raphael Alves estudou Comunicação Social com habilitação em Jornalismo na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Fotografia na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Artes Visuais no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC). Obteve também o título de Master of Arts em Fotojornalismo e Fotografia Documental na London College of Communication / University of the Arts, em Londres (ING). O trabalho de Raphael já recebeu o Pictures of the Year Latin America - POYLatam (2017 e 2021) e o Pictures of the Year International POYi (2022), e a bolsa editorial da Getty Images (2021). Em 2023, seu trabalho foi vencedor do The Nature Conservancy Contest