Bruno Corisco

Bruno Corisco

Algo me chama atenção, mas os olhos ainda não conseguem perceber. Aponto a câmera. Sem
pensar muito, espero o momento em que meu corpo avisa que devo pressionar o botão. O tempo
congelado na imagem agora revela seu sentido naquele recorte limitado do espaço-tempo.
Capturo os signos da transição, os traços sutis que marcam a passagem do
tempo antes que desapareçam na rotina. A fotografia, para mim, é o congelamento de um presente ilusório, onde a mudança se manifesta não apenas
no que é visível, mas no que se sente inconscientemente.
Outra coisa me chama atenção. Sem pensar muito, observo até que o tempo me conte sua
história.