Ao fazer expedições fotográficas pelo mundo com fotógrafos experientes Míriam Ramalho foi aperfeiçoando sua técnica e transformou a fotografia em uma forma de expressar a diversidade. Ela faz parte do coletivo RioFotográfico e vem colecionando premiações em anos recentes.
Com a fotografia intitulada Vendedora de pulseiras, Míriam Ramalho é uma das finalistas da categoria Imagem Destacada no Prêmio Portfólio FotoDoc 2023. O retrato mostra uma mãe com seu bebê nas costas e foi realizado na Namíbia, em 2022. Na entrevista abaixo, a fotógrafa conta um pouco de sua história e do papel que a fotografia tem em sua vida.
Quantos anos tem?
66 anos.
Onde vive e trabalha atualmente?
Moro no Rio de Janeiro-RJ e sou aposentada.
Conte um pouco da sua trajetória pessoal na fotografia. Quando começou a fotografar e por que? Qual papel tem a fotografia em sua vida?
Sempre gostei de fotografar a família, eventos e viagens, mas quando decidi fazer expedições fotográficas com fotógrafos experientes pelo mundo, a paixão surgiu. A cada expedição eu aprendia algo novo e procurava saber mais sobre fotografia. Entrei para o RioFotográfico em 2017 onde comecei a ter contato com vários fotógrafos. Estimulada pelo seu presidente a participar de concursos fotográficos, passei a ganhar prêmios em várias convocatórias no Brasil e no exterior. Meu interesse pela fotografia foi se expandindo e comecei a fazer ensaios e projetos. Participei de exposições coletivas e tive fotos publicadas em revistas e livros (Photo Francesa e Portrait of Humanity). Tive prêmios importantes como o primeiro lugar no Grande Prêmio Fotografe 2021 e no Paraty em Foco 2022. Fiz dois livros com a Editora Origem: Benin e Etiópia.
A fotografia tem papel importante na minha vida. Com ela aprendo sobre mim e sobre o outro, sobre o mundo e sua diversidade. A fotografia me dá prazer, me faz pensar e me posicionar num mundo diverso.
Conte um pouco sobre seu trabalho finalista do PPF 2023. Quando e onde foi realizado? Qual a proposta? De que maneira e em que medida ele se encaixa em sua produção fotográfica?
A foto finalista Vendedora de Pulseiras foi feita na Namíbia em 2022. Durante uma parada na viagem havia várias mulheres vendendo artesanato. Uma delas me chamou à atenção pelo fato de estar com o bebê dormindo em suas costas. Pedi para fazer a foto e depois comprei umas pulseiras.
Meu interesse por fotografar pessoas foi se acentuando ao longo da minha trajetória. Diversidade e pluralidade passaram a ser meu maior foco.
Em quais projetos trabalha atualmente? Quais seus planos para o futuro próximo em termos de produção fotográfica?
Ainda estou desenvolvendo dois projetos: Casa do Careca e Garimpando. Pretendo encerrá-los em breve.
Meus atuais planos se concentram no trabalho de mobgrafia que iniciei com um grupo de adolescentes na Cruzada São Sebastião, no Leblon, Rio de Janeiro, e na criação de fotofilmes, um outro interesse surgido a partir da minha produção fotográfica.