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B  XIGA

B XIGA

Fernanda TeixeiraPorFernanda Teixeira
20 de dezembro de 2024
em Portfólio

Selecionado no Prêmio Portfólio FotoDoc 2025

Estas fotos são resultado do meu trabalho de conclusão de curso, que foi uma investigação fotográfica sobre um bairro, pensando de que modo posso estudar uma região tirando fotos. O olhar direcionado pela intenção de fotografar possibilita novos ângulos, nova vivência e, muitas vezes, a relação mediada pela câmera me faz ver melhor, é o meu jeito de experienciar o mundo. 

Escolhi o Bexiga por ser um território com complexidade geográfica somada a outras, social e cultural, com sobreposições e contrastes visíveis na arquitetura, que a depender da linha topográfica varia de tamanho, altura e valor. 

A região vem mudando de forma acelerada devido à construção do metrô, demolindo edificações antigas e subindo outras cada vez mais altas. Paralelamente, o terreno vizinho ao Teatro Oficina finalmente está caminhando para se tornar o Parque do Rio Bixiga, criando um espaço livre e verde. 

Por muito tempo o bairro se manteve preservado, já que as grandes reformas urbanas o sobrevoaram com os viadutos e contornaram a região com as avenidas. Por isso, este retrato da situação atual é uma forma de preservação da memória de uma parte da cidade de São Paulo. 

Inspirada por Denise Scott Brown, que fotografou sem hesitar a arquitetura de Las Vegas, para depois decidir o motivo de ter tirado aquelas fotos, a fotografia aqui é anotação, texto e documento. Eu fotografei compulsivamente tudo o que atraía meu olhar, mapeando a região, para posteriormente entender o que e porquê me chamou atenção. Sendo uma mulher com uma câmera caminhando sozinha na cidade, algumas vezes recuei, com medo ou tentando passar despercebida com receio de atrapalhar, mas outras vezes, a câmera gerou um convite que fez com que eu participasse ativamente da cena. 

Susan Sontag fala sobre a apropriação do fotógrafo ao fotografar, colocar a si mesmo em relação à coisa fotografada é mais do que uma observação passiva. Por esse motivo, o ato pode ser carregado de violência, ao interferir, mirar e capturar, criando testemunhos.

Comecei a minha busca caminhando à procura dos rios e seus sinais ainda existentes, já que ambos sumiram da paisagem ao serem retificados e canalizados, todavia, originalmente delimitavam a ocupação da região, ao mesmo tempo que dificultavam a conexão com os bairros ao redor. O mesmo acontece com os morros, que se perderam no meio dos prédios e hoje podem ser percebidos apenas nos sobes e desces das ruas e nas camadas de edifícios que são formadas na paisagem em razão do desnível. 

A rua, em um bairro como o Bexiga, ocupa papel importante no cotidiano dos moradores, por ter um modo de vida que lembra muito um pequeno bairro, por vezes fazendo esquecer que estamos no centro de uma megacidade. Por isso, no dia a dia é comum encontrar pessoas sentadas em cadeira nas calçadas, observando o movimento e batendo papo. Também existem muitos eventos que mobilizam a comunidade para ocupar as ruas, atraindo paulistanos de toda a cidade, como a Festa da Achiropita, a lavagem da escadaria da Treze de Maio e os ensaios da escola de samba Vai-Vai, que atualmente não tem acontecido lá devido às obras do metrô. O espaço público como palco, fortalece as relações de comunidade e retrata a miscigenação cultural e étnica que marca o bairro.

Essa mistura traz também muitos conflitos. Comumente associado à ocupação italiana, o bairro tem como origem na verdade um quilombo urbano de negros escravizados. A própria grafia do nome carrega um pouco dessa discussão: ‘Bexiga’ ou ‘Bixiga’, este segundo, remete ao jeito italiano de pronunciar, que acaba apagando as outras culturas da região, que hoje em dia abriga também muitos imigrantes nordestinos.

É impossível trazer um retrato completo e preciso do que é o Bexiga, território complexo, diverso e em movimento, nem sua delimitação é exata. É um bairro que está no imaginário comum da cidade, mesmo que muitas vezes apenas através de uma parte dele. 

Estes registros surgem como um estudo do caminhar na cidade com uma câmera fotográfica, com intuito de criar imagens capazes de revelar o caráter atual de uma região que vem sendo transformada rapidamente, e talvez me ajudar a entender a cidade que eu vivo um pouquinho mais. 

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Fernanda Teixeira

Fernanda Teixeira

Fernanda Teixeira é fotógrafa e arquiteta, por isso seu olhar é muito direcionado para a cidade, experiencia os lugares a partir da fotografia como uma tentativa de entender melhor seu entorno e procurar novos ângulos. Já trabalhou no núcleo de audiovisual da faculdade, em diversos escritórios de arquitetura e atua como fotógrafa em diversas áreas.

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