Durante o ano de 2018, tive a oportunidade de conhecer os motoristas de bicitaxis, que trabalhavam na estação de Toberin e na Cardio Infantil, no norte de Bogotá, lugares pelos quais eu passava todos os dias. Nesse período, fotografei esses trabalhadores e conheci a história de cada um deles, que são, na sua maioria esmagadora, imigrantes venezuelanos que, pela falta de documentos ou puro preconceito dos empregadores, se vêm sem opções de emprego e acabam entrando no ramo super precário dos bicitaxis.
Os veículos geralmente são alugados para os motoristas, que pagam uma taxa diária ao proprietário. O trabalho é difícil, exige esforço físico e o valor que ganham diariamente, descontando a taxa de aluguel do veículo, acaba sendo muito pouco, entre 15000 a 30000 pesos (mais ou menos 15 a 30 reais).
Devido a essas condições, essas pessoas, que muitas vezes tinham uma vida confortável na Venezuela, acabam sendo marginalizadas na cidade de Bogotá, morando em lugares precários e vivendo à margem da “sociedade colombiana”. As 15 fotografias apresentadas para o FOTODOC são um pequeno recorte de um trabalho extenso, que foi executado em um período de mais ou menos 12 meses.